Atendendo a uma reivindicação da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o presidente da Enel Goiás, José Luis Salas, se reuniu com dirigentes da Faeg, Aprosoja-GO e Sindicatos Rurais em videoconferência na tarde desta quarta-feira, 28/10. Em pauta, a mesma demanda de todos os anos: as recorrentes e prolongadas quedas de energia elétrica na zona rural de Goiás.
Entre as queixas levantadas pelas entidades, a demora no atendimento telefônico e técnico, os encerramentos de protocolos pela Enel sem que a energia tenha sido restabelecida, a precária ou inexistente manutenção, o déficit de energia para grandes unidades consumidoras, como pivôs e armazéns. Também se falou da necessidade de modernizar e reforçar o sistema elétrico goiano e investir em redes trifásicas.
“Todos os anos nós ficamos aqui enxugando gelo. Não adianta só ir na propriedade e ligar a chave. Só vamos organizar isso com um grande programa de reconstrução das redes de energia”, declarou o presidente da Aprosoja-GO, Adriano Barzotto, apoiado por Eduardo Veras (vice-presidente da Faeg), Félix Curado (representante da Faeg no Conselho de Consumidores de Energia Elétrica – Conceg) e pelos presidentes dos Sindicatos Rurais de Jataí (Vitor Gaiardo), Paraúna (Pedro Hugo Moraes Rezende) e Catalão (Renato Ribeiro) – todos integrantes da Aprosoja-GO.
A Enel Goiás afirmou que está investindo R$ 1,2 bilhão por ano no Estado e que obras estruturantes “levam mais tempo do que a empresa gostaria”, pois dependem de fatores como licenças ambientais e viabilidade de execução. Disse que ampliou as equipes de atendimento e até 2022 vai entregar 15 subestações de energia. “Nosso trabalho está sendo feito para que a rede fique um pouco mais estável e, paralelamente, irmos melhorando o sistema”, disse o presidente Salas.
Encaminhamentos
Dentre os encaminhamentos da reunião, a Enel se comprometeu a analisar a listagem de protocolos encaminhados pela Aprosoja-GO/Sindicato Rural de Jataí e retornar o contato para cada produtor. A empresa também disse que vai enviar seus diretores de cada regional do Estado para reuniões nos Sindicatos Rurais a fim de conhecer melhor as demandas locais.
Sobre os incêndios rurais causados a partir de curtos-circuitos nas redes elétricas, foi reafirmada a necessidade de, em 2021, a empresa trabalhar com o setor produtivo um plano de manutenção e prevenção a incêndios. Por fim, os produtores pediram ao presidente Salas que o próximo “encontro anual” seja para discutir programas para o futuro em vez de voltar à mesma ladainha dos anos passados, de tratar dos problemas de sempre que travam o desenvolvimento de Goiás.
*Texto: Laura de Paula/ Aprosoja-GO