Diante de discussões que ameaçam a pulverização aérea no País, inclusive em Goiás, a APROSOJA defendeu a importância da aviação agrícola em audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados nessa quarta-feira (30), em Brasília. O encontro conduzido pelo presidente da Comissão, Tião Medeiros (PP-PR), teve a participação dos diretores-executivos da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, e da Aprosoja-GO, Bruno Marques.

Fabrício, da Aprosoja Brasil, ressaltou que a aviação agrícola é crucial para a segurança alimentar e contribuiu para otimizar a aplicação de defensivos químicos e biológicos ao longo dos anos, além de atuar no combate a incêndios, por meio das brigadas aéreas. Destacou também que a pulverização aérea cobre 5 vezes mais área que os pulverizadores terrestres em igual período de tempo.
Ele também mostrou que sem a aviação agrícola a cultura da soja teria impacto de 30%, um prejuízo imediato de R$ 27 bilhões para a economia brasileira. Reforçou que as decisões devem ser baseadas em dados científicos que já foram aprovados pelos principais órgãos reguladores.
A audiência também teve a participação de representantes de produtores de algodão e cana-de-açúcar (Abrapa e Feplana), da pesquisa (Embrapa e UFLA), de fabricantes e operadores (SINDAG – Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola). Todos defenderam a continuidade de autorização da aviação agrícola no Brasil.
Ao final da audiência pública, o deputado Tião Medeiros disse que é preciso avançar na matéria e levar ao conhecimento da sociedade os mitos a respeito da aviação agrícola.
Proibição
A aviação agrícola foi regulamentada no Brasil em 1981, que tem a 2ª maior frota aeroagrícola do mundo (mais de 2,5 mil aeronaves), atrás dos EUA. Em maio deste ano, o STF manteve a validade de uma lei estadual que proíbe a pulverização de defensivos agrícolas no Ceará.
O assunto vem sendo discutido em vários municípios e Estados, como Goiás, onde os deputados estaduais Antônio Gomide (PT) e Mauro Rubem (PT) apresentaram projetos que visam proibir a pulverização aérea de defensivos agrícolas em todo o Estado e estabelecem novas distâncias para a pulverização terrestre. Os textos foram distribuídos na CCJ para relatoria do deputado Issy Quinam (MDB) no início de julho.
* Fonte: Aprosoja-GO