Aprosoja-GO, Sindicato Rural de Rio Verde, Coderv e Grupo Soma, reuniram-se nessa segunda-feira, 16, com o presidente da Comigo, Antônio Chavaglia; com o presidente do Grupo Cereal, Adriano Baraúna; e com o gerente de originação do Grupo Cereal, Ricardo Vieira, para pedir um posicionamento dessas empresas sobre a recomendação do Ministério Público ao Governo Estadual de taxar os grãos in natura exportados por Goiás.
As entidades solicitaram união neste momento, uma vez que essa recomendação afetará toda a cadeia. “Temos que proteger o Estado e nos unir contra ações que venham onerar o setor”, disse o presidente da Aprosoja-GO, Adriano Barzotto.
O presidente do Sindicato Rural, Luciano Jayme Guimarães, comentou que o setor foi pego de surpresa. “Não podemos taxar aqueles que produzem e carregam o Estado”.
O produtor rural e diretor do Coderv (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Rio Verde), José Carlos Cintra, ressaltou que ninguém é inimigo da indústria e que instituições e indústrias precisam falar a mesma língua. “Precisamos ter um diálogo frequente para que ambos sejam beneficiados e continuem a trabalhar em prol do crescimento do Estado”.
O presidente da Cooperativa Comigo, Antônio Chavaglia disse que não sabia desta recomendação do MP, que também foram pegos de surpresa e afirmou que está ao lado do produtor rural. “Não apoio nada que venha para taxar o produtor rural e nem a Cooperativa”.
Chavaglia reforçou que tem estado em contato constante com a Ministra da Agricultura para tentar encontrar soluções para a restituição do PIS e COFINS e também linhas de crédito para que as indústrias consigam fazer estoque de soja, ação esta que será apoiada pelas entidades presentes na reunião.
O presidente do Grupo Cereal, Adriano Baraúna, comentou que não existe indústria sem o produtor rural e que todos os elos da cadeia precisam estar juntos. “A Cereal ficou sabendo dessa recomendação junto com o produtor rural. Em nenhum momento fomos questionados sobre a necessidade de taxação de produtos para a exportação.”
As reuniões foram muito produtivas e importantes para a formação e alinhamento de ideias que possam trazer soluções para este assunto que preocupa todos os produtores de grãos de Goiás.
Após muito diálogo e troca de ideias, chegou-se a uma pergunta: A quem interessa taxar o agronegócio goiano?
* Texto e fotos: Sindicato Rural de Rio Verde