As mudanças nas regras de licenciamento ambiental em Goiás foram pauta de um encontro entre lideranças rurais de setores como irrigação agrícola, reprodução animal, pecuária e pesquisa na última segunda-feira (11), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em Goiânia. A Aprosoja-GO foi representada por seu 1º vice-presidente, Joel Ragagnin.
Os participantes da reunião puderam tirar dúvidas e dar sugestões diretamente à secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis. Ela esclareceu pontos do novo licenciamento ambiental, que está em fase final de elaboração e deve ser encaminhado pelo governador Ronaldo Caiado à Assembleia Legislativa nas próximas semanas.
“É muito importante esse debate para que o setor entenda todas as mudanças que estão sendo propostas pela gestão ambiental do Estado, quais as intenções que nós temos com a nova legislação”, explicou a secretária. “Quando o projeto chegar à Assembleia Legislativa, já terá sido bastante discutido, com um processo avançado de diálogo, para que tenha a celeridade que o tema merece”, completou.
Desburocratização
A desburocratização dos processos é um dos destaques da nova proposta. “O texto ainda não está pronto, mas a princípio me parece que o licenciamento vai ficar bastante simples e será realizado de maneira rápida”, destacou o 1º vice-presidente da Aprosoja-GO, Joel Ragagnin. “Eu só não sei se o governo vai ter capacidade de fazer a máquina andar, porque eles mesmo falaram que tem pouca gente trabalhando dentro da secretaria. Mas, de forma geral, a proposta me parece ser boa e adequada.”
A Semad pretende realizar encontros com outros segmentos da sociedade, como construção civil, indústria, comércio, prefeituras e organizações não-governamentais para discutir as mudanças propostas pelo governo de acordo com a natureza dessas atividades. “Goiás perdeu muito tempo ao negligenciar um avanço na legislação ambiental. Hoje é fato que corremos contra o tempo e, se não nos adequarmos para essa nova realidade, sofreremos impactos econômicos”, concluiu Andréa.